No último sábado, 07/12, o caminhoneiro Luiz Ricardo Lucirio de Fernando Prestes ficou por mais de duas horas refém de índios da etnia Guajajara no Maranhão na BR-226, durante protesto em decorrência da morte de dois caciques no município de Jenipapo dos Vieiras, a 506 km ao sul de São Luís.O caso do assassinato dos caciques foi amplamente divulgado pela imprensa nacional e internacional, quando um grupo de índios foi alvejados a tiros por pessoas que ocupavam um automóvel, por volta das 12h30. Dois índios morreram e outros dois ficaram feridos sendo socorridos.

Segundo trecho de reportagem veiculada no portal G1-MA de 08/12/2019 fala sobre dois caminhões que foram usados no bloqueio da rodovia foram saqueados. Um desses caminhões era de propriedade da empresa Grãos União de Fernando Prestes-SP conduzido por Lucirio. Ele estava carregado de amendoim com destino a capital São Luís. https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2019/12/08/apos-atentado-contra-indios-guajajaras-br-226-permanece-bloqueada-no-maranhao.ghtml

Em entrevista exclusiva ao Jornal da 101 FM (Jaboticabal), Lucirio conta que viveu mais de duas horas de terror e com medo de morrer. Disse que trafegava pela rodovia por volta das 13h30, quando na altura da reserva indígena viu um movimento na pista e achando ser um acidente parou o caminhão atrás de um outro que já estava sobre a pista. Ainda com o veículo funcionando foi rendido por um índio que empunhando uma faca fez atravessar o caminhão na rodovia, na sequência lhe tomou a chave de ignição e obrigou a descer.

Lucirio conta que estavam em três caminhoneiros na mesma situação agredidos sob a ameaça de morte. “Nos levaram até a um índio morto a beira da pista e falavam que iriam nos matar para vingar a morte do cacique” falou o caminhoneiro. “Nos fizeram ajoelhar próximo ao cadáver e diziam que nos matariam para mostrar ao Brasil como é lei deles” disse Lucirio. Na entrevista disse também que um pouco mais adiante tinha outro caminhão e provavelmente outro colega, mas não soube informar o que aconteceu ao motorista.

A fuga
O caminhoneiro conta que havia muita confusão e felizmente não foram amarrados e, em determinado momento passou pela estrada uma caminhonete com um casal que tentou o parar mas foi impedido pelos índios. Com o veículo ainda funcionando, Lucirio e os outros dois colegas correram e subiram carroceria da caminhonete que arrancou e fugiu. Os caminhoneiros foram levados até um povoado conhecido como Vila do Sabonete. Em seguida foram conduzidos por policiais até Grajaú-MA onde registraram ocorrência.

No final da tarde tomou conhecimento que seu caminhão tinha sido saqueado e incendiado. Ficou sem dinheiro, roupas, documentos e outros pertences. A Grãos União providenciou seu retorno chegando na manhã de ontem em Fernando Prestes. “Tivemos muita sorte de ter passado a caminhonete e de não estarmos amarrados” concluiu Lucirio.

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ÍNDIOS

No último sábado, 07/12, o caminhoneiro Luiz Ricardo Lucirio de Fernando Prestes ficou por mais de duas horas refém de índios da etnia Guajajara no Maranhão na BR-226, durante protesto em decorrência da morte de dois caciques no município de Jenipapo dos Vieiras, a 506 km ao sul de São Luís.O caso do assassinato dos caciques foi amplamente divulgado pela imprensa nacional e internacional, quando um grupo de índios foi alvejados a tiros por pessoas que ocupavam um automóvel, por volta das 12h30. Dois índios morreram e outros dois ficaram feridos sendo socorridos.Em entrevista exclusiva ao Jornal da 101 FM (Jaboticabal), Lucirio conta que viveu mais de duas horas de terror e com medo de morrer. Disse que trafegava pela rodovia por volta das 13h30, quando na altura da reserva indígena viu um movimento na pista e achando ser um acidente parou o caminhão atrás de um outro que já estava sobre a pista. Ainda com o veículo funcionando foi rendido por um índio que empunhando uma faca fez atravessar o caminhão na rodovia, na sequência lhe tomou a chave de ignição e obrigou a descer.Confira!https://www.101fm.com.br/101/testemunha/

Publicado por 101FM Jaboticabal em Quarta-feira, 11 de dezembro de 2019