O presidente Jair Bolsonaro reassumiu o governo, na terça-feira, depois de uma internação de oito dias no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. Ele sofreu uma cirurgia, com êxito total, para correção de uma hérnia no abdômen. Foi a quarta intervenção cirúrgica enfrentada por Bolsonaro depois da facada, em 6 de setembro do ano passado, em juiz de Fora, em Minas Gerais, durante ato de campanha eleitoral.

Ele, agora em Brasília, juntamente com o Itamarati, prepara o pronunciamento que fará na próxima terça-feira, dia 24, na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) deste ano. A defesa da soberania do Brasil na Região do Amazônia será o tema do seu discurso. Explicará que o país tem feito para combater os incêndios. Dirá que as queimadas não foram tão graves como anunciadas, citando as medidas adotadas pelo governo e relacionadas à fiscalização e o combate ao desmatamento ilegal.

A indagação que se faz é por que o Brasil, todos os anos tem feito o discurso de abertura da Assembleia da ONU. È que em 1945, o Brasil foi o primeiro país a aderir a criação da ONU. Coube, ao chefe da delegação brasileira, chanceler Oswaldo Aranha, a tarefa de presidir as duas primeiras sessões do novo organismo internacional. Durante estas duas sessões foi criado o Estado de Israel. Desde então, o chefe do governo do Brasil recebeu a missão de fazer o discurso de abertura das assembleias da ONU, em todos os anos, em reconhecimento ao papel desempenhado por Oswaldo Aranha.

Também, por tradição, o segundo discurso cabe ao presidente dos Estados Unidos. Hoje, 193 estados- membros compõem a Assembleia Geral da UNU.

O presidente Bolsonaro, ainda neste ano, deverá visitar o Japão, China, Emirados Árabes e Arábia Saudita.

Em novembro, Brasília sediará a cúpula do BRICS, grupo formado pelos presidentes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

MUDANÇAS TRIBUTÁRIAS SEM CPMF

A nova CPMF foi de vez para o espaço, ela não fará parte da reforma tributaria que está sendo arquitetada no Congresso Nacional. Se posicionaram, de forma radical, contra sua volta, os presidentes Jair Bolsonaro, da Câmara , deputado Rodrigo Maia, do Senado Federal, senador Davi Alcolumbre, e várias lideranças partidárias. O economista Marcos Cintra, por tentar impô-la como proposta do governo, acabou sendo exonerado do comando da Receita federal.

Vão continuar prevalecendo a PEC 45/19, na Câmara, e a PEC 110/17, no Senado Federal, com suas tramitações avançando de forma célere. Ambas têm propostas semelhantes, ou seja, previsão de unificação de tributos da União, dos estados e municípios. As duas PECs futuramente acabarão se juntando. Os governadores, depois de 30 anos de discórdia, decidiram apoiar as propostas da Câmara e do Senado, impondo, porém, a previsão de fases de tramitação e a criação de fundo  para compensações para estados mais empobrecidos e de desenvolmento regional.

Com Marcos Cintra defenestrado do governo, por defender com unhas e dentes a ressureição da CPMF, o ministro da Economia, Paulo Guerra, passou a sinalizar para um alinhamento entre as propostas do governo e do Congresso Nacional. Mas ele declarou não abrir mão de encontrar mecanismos para desonerar a folha de pagamento das empresas, ou seja, encontrar uma forma de substituir a contribuição previdenciária, atualmente em 20%. Para ela essa seria o primeiro passo para a criação de empregos.

Os entendimentos para encontrar o texto ideal para a tão sonhada reforma tributaria estão sendo articulados pelo presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia. Ele está convicto que até o fim do ano o Congresso mudara as regras do sistema tributário nacional, para que elas entrem em vigor no dia primeiro de janeiro do próximo ano.

DESTQUES

RODOVIAS- O Ministro da Infraestrutura anunciou que, até 2020, pelo menos 25 mil quilômetros de rodovias federais passarão para o controle da iniciativa privada. No próximo dia 27, será realizado leilão de concessão de vários trechos rodoviários.

ESCAPOU DA FALÊNCIA- Com três votos a dois, desembargadores do Tribunal de justiça de São Paulo decidiram manter a empresa aérea AVIANCA com seu plano de recuperação judicial. A empresa está sem licença para voar desde maio último.

GUERRA CONTRA DENGUE- Alta de quase 600% nos casos da doença, em todo o país. Com 1.044 ocorrências e 591 mortes confirmadas, o governo federal decidiu antecipar a campanha de conscientização e combate aos mosquitos Aedes Egypt.