Neste sábado, dia 9 de dezembro, em Brasília, o PSDB realiza a sua 14° Convenção Nacional, com a participação de cerca de 700 tucanos que são seus lideres nas 27 unidades da Federação. Vão aprovar uma reformulação no estatuto da legenda, para colocá-la em sintonia com os anseios atuais da sociedade brasileira. Elegerão o governador Geraldo Alckmin para comandar nacionalmente o partido. Essa foi a solução encontrada para restabelecer a harmonia no “ninho dos tucanos” e evitar que o PSDB se esfacelasse na briga desenhada entre o senador Tasso Jereissati e o governador de Goiás, Marconi Perillo. A vitória de qualquer um desses lideres provocaria um racha no futuro partidário, tal era o clima de animosidade entre os dois grupos. A escolha de Geraldo Alckmin gerou um clima de paz, servindo, inclusive, para consolidar ele como candidato único na corrida presidencial de 2018.

Na convenção deverá ser aprovado apoio as propostas do governo que têm por objetivo tirar o país do atoleiro em que se encontra.

Essa decisão poderá inclusive servir no futuro para aproximar alas importantes do PMDB a candidatura de Geraldo Alckimin.

Geraldo Alckimin, como presidente do PSDB, vai procurar entendimento com outros partidos visando atrai-los para a coligação que bancará sua campanha em busca de fazer o PSDB voltar a governar o Brasil. Em fevereiro do ano que vem haverá um encontro nacional dos tucanos para formalizar a candidatura de Alckmin a Presidência da Republica.

NOVOS TEMPOS

Para o secretário-geral do Diretório Nacional, deputado Silvio Torres (SP), o partido vem construindo uma unidade capaz de trazer novos tempos para a sigla, que completa 30 anos de fundação em junho de 2018.

Os números mostram a força politica do partido de norte A Sul: cerca de 1,4 milhões de filiados, mais 800 prefeitos, 5,3 mil vereadores e seis governadores além de bancadas numerosas e influentes nas duas Casas do Congresso Nacional. Há ainda os segmentos que atuam em áreas especificas e representativas de parcelas expressivas da sociedade brasileira: Tucanafro, PSDB Sindical, PSDB Mulher, Juventude e Diversidade Tucana.

Sob coordenação do deputado Carlos Sampaio (SP), está em debate um novo código de conduta, inclusive com a instituição de um sistema de compliance que busca entre outros objetivos dar mais transparência aos atos do partido. “Será um grande avanço para nos sintonizar com os anseios e expectativas da sociedade”, destaca o deputado Silvio Torres.

Ainda segundo o secretário-geral, outro tema em discussão é o projeto sobre primÁrias no partido, para definir como os tucanos deverão proceder futuramente para a escolha interna de candidatos a cargos majoritários, seja no âmbito municipal, estadual ou municipal.

Na convenção será eleito o novo Diretório Nacional do PSDB sob a presidência de Geraldo Alckimin. O deputado Silvio Torres, a convite do governador paulista, ocupara o cargo de tesoureiro do partido, deixando a função de secretario -geral.

PREVIDÊNCIA EM RISCO

Por falta do apoio de 308 dos 513 deputados, deixou de ser votada na Câmara, nesta semana, a proposta de reforma da Previdência. A ultima oportunidade para que essa votação ocorra neste ano será a próxima semana. É que no dia 20, começa o recesso parlamentar, que se prolongará até 31 de janeiro de 2018.

Para que a votação aconteça, o presidente Michel Temer vai ter que aperar alguns milagres, para convencer por volta de 80 deputados, todos de partidos da base aliada, a mudarem de opinião. Eles argumentam que, se aprovarem as mudanças previdenciárias, estarão condenados a perderem votos, o que representa um serio risco para suas reeleições.

O governador Geraldo Alckmin, que hoje está assumindo o comando do PSDB, garantiu que os 47 deputados tucanos, em sua maioria, votarão favoravelmente essas mudanças. Essa manifestação deu um novo ânimo ao Palácio do Planalto. Mesmo assim ainda não está assegurado o quórum mínimo de 308 votos necessários para aprovação da reforma. Dai a necessidade dos milagres de Michel Temer. Se eles não acontecerem, a votação ficará para o ano que vem. Será agua fria na estratégia da equipe econômica de recolocar o país na rota do crescimento. Certamente, o déficit bilionário da Previdência continuará crescendo.

O presidente do Senado, senador Eunicio de Oliveira, sinalizou para o presidente Michel Temer que o Senado votará a reforma da Previdência ainda neste ano, caso a Câmara dos Deputados consiga aprova-lá até a próxima quarta-feira, dia 13. A previsão do Palacio do Planalto é que nas próximas segunda e terça- feiras, os deputados conseguirão aprovar as mudanças previdenciárias. Isto acontecendo, será uma grande vitória do presidente Temer.